Reconquista Cristã na Península Ibérica.
Reconquista Cristã na Península Ibérica
" Foi nos dias 17 a 21 desse mês(Outubro) que os ataques contínuos provocaram a derrocada da muralha oriental, junto das Portas do Sol"
O Papa Eugénio III e São Bernardo de Claraval, na Basílica de Vézelay ao pregarem uma segunda cruzada em 1146 preveem a tomada de novas cidades como Lisboa, que se encontrava sob o domínio mouro tornando-se assim necessária a sua conquista aos infiéis.
Lisboa ponto geográfico e fulcral para a conquista do sul do país, constituía uma etapa importante na expansão da Reconquista Cristã na Península Ibérica.
Consciente do desafio, D. Afonso Henriques iniciou a tomada de Lisboa com um cerco posto em prática em Julho de 1147, pouco depois da conquista de Santarém, contando para isso com o apoio dos Templários e dos Cruzados normandos, ingleses, escoceses, flamengos e alemães que haviam sido contactados pelo Bispo do Porto, D. Pedro, para angariarem as tropas cristãs no cerco a esse importante baluarte mouro.
Em simultâneo, foi concebida uma estratégia no ataque e construíram-se as máquinas específicas para a batalha: catapultas e uma torre para facilitar a entrada e a conquista da cidade.
Nos primeiros dias de Julho tiveram lugar os primeiros ataques. Pedras e azeite a ferver foram atirados para o interior das muralhas e ao provocarem as primeiras destruições revelaram ao rei português, um inimigo enfraquecido pela falta de víveres e recursos que evitassem uma eminente capitulação.
As sucessivas investidas que se deram entre Agosto e Setembro foram suficientes para a tomada definitiva de Lisboa em 24 de Outubro de 1147, mas foi nos dias 17 a 21 desse mês que os ataques contínuos provocaram a derrocada da muralha oriental, junto das Portas do Sol, cedendo também a porta que mais tarde se chamaria de Martim Moniz.
O nome foi atribuído em memória da alusiva lenda do fidalgo português, que sacrificou a sua vida, bloqueando com o seu corpo uma porta das muralhas para dar entrada ao exército da Cruzada, ajudando desta forma a tomada da cidade.
No dia 25, D. Afonso Henriques fez a sua entrada solene na cidade de Lisboa, percorrendo a zona de Alfama, Arco Escuro, a Sé, antiga mesquita, onde foi rezada a primeira missa, e por fim o Castelo, anunciando a hegemonia e o triunfo cristão.
A tomada de Lisboa e sucessivamente de Almada, Palmela e Sintra provocaram a conquista em definitivo da linha do Tejo, em Dezembro de 1147
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